sexta-feira, 8 de junho de 2007

Hair

Exibição do dia 26 de abril de 2007


O que você prefere, fumar um baseado ou ir pra guerra?


Hair (cabelo), foi durante boa parte da década de 70 o anti-tudo mais romântico dos EUA, anti-guerra, anti-repressão, anti-burguesia, ou seja, liberdade e justiça para todos. Baseados, “docinhos” e a vontade de lutar no Vietnã, fazem com que todos se perguntem: Qual foi a maior loucura que eu já cometi? Qual foi a maior loucura que sou capaz de cometer?
Numa época em que ainda se consideravam gays ou homens com cabelo grande como vagabundos que fumavam um baseado, é incrível como Milos Forman conseguiu mostrar de forma tão lúdica toda estupidez e intolerância de mandar meninos para morrer nas selvas vietnamitas, e o que é pior, com apoio dos próprios pais.
O musical, inicialmente escrito para a Broadway, ainda hoje traz a tona sentimentos quase esquecidos, ou esquecidos à propósito, amizade, vontade de querer bem e o amor. Não o amor possessivo, mas sim o amor verdadeiro, amor por seus amigos, sem cobranças e sem limites.
Vejo nos contrastes norte-americanos da década de 70 exemplos totalmente usáveis para os dias de hoje, quantos de nós não gostaria de ter um amigo como aquele, capaz de dar a vida pelo outro, sem cobranças, sem arrependimentos, pura e simplesmente por amor, ou loucura, seja lá o que for faz muita falta nas vidas juvenis de hoje.
Em tempos que BBB mobiliza as atenções de um país continental como o Brasil, é quase inimaginável ver alguém agir com tanta coerência (mesmo dentro da loucura total), e com tanta liberdade espiritual.
Vejo no Hair, ainda hoje, um apelo a todos esses sentimentos, e que cada um possa fumar seu baseado e se quiser vá para guerra, quem sou eu para dizer que não.

Luiz José OliveiraEstudante do 1º Período de Geografia da FFPNM-UPE




Cinema Musical: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinema_musical


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