quinta-feira, 27 de agosto de 2009

I Festival de Curtas-Metragens da UPE - Inscrições a partir do dia 02 de setembro‏

O regulamento da seleção dos vídeos já está disponível para download


Por Amanda Ramos


Curta-metragistas estudantes da Universidade de Pernambuco - UPE - já podem ter acesso ao regulamento do I Festival de Curtas-Metragens da UPE, que será realizado no dia 11 de Outubro de 2009, no XI Congresso dos Estudantes da UPE, na cidade de Recife. Os vencedores das mostras competitivas serão premiados com uma câmera Mini DV.

O regulamento do Festival, com os detalhes das competições e ficha de inscrição, está disponível para download e as inscrições poderão ser feitas de 02 a 18 de setembro.

Para participar da mostra competitiva, os proponentes deverão enviar trabalhos nas categorias Temática Livre (tema livre e foco na pluralidade da produção cinematográfica) e Temática Específica (tema POR OUTRA SOCIEDADE).

Os vídeos, de ficção ou documentário, poderão ter sido finalizados em qualquer período e realizados em qualquer formato desde que possuam cópia de exibição em DVD.

Os curtas serão julgados pelo público presente através de uma urna de votação que será disponibilizada logo após a exibição de todos os vídeos selecionados.

O I Festival de Curtas-Metragens da UPE é realizado pelo Diretório Central dos Estudantes – DCE em parceria com o Cineclube AZouganda, de Nazaré da Mata.


INSCRIÇÃO

O material necessário para a inscrição são três cópias do filme em DVD, uma cópia da ficha de inscrição impressa e um CD contendo três fotos de divulgação do filme, sinopse, filmografia do realizador e do diretor e premiações já recebidas caso tenha.

A proposta deverá ser entregue ao Diretório Central dos Estudantes / Universidade de Pernambuco - DCE/UPE em envelope lacrado e com a indicação ‘I Festival de Curtas-Metragens da UPE. A entrega pode ser feita por correio (com data de postagem até o último dia de inscrição) ou diretamente na sede (veja o endereço abaixo).

A lista dos filmes selecionados para as mostras competitivas será divulgada no dia 30 de setembro.


SERVIÇO:

Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Pernambuco
Endereço: Rua Arnóbio Marques , nº 310 – Santo Amaro – Recife – PE / CEP: 50100 - 130


Calendário - I Festival de Curtas-Metragens da UPE

- 02 a 18 de setembro: Inscrição dos filmes
- 30 de setembro: Divulgação dos filmes selecionados para participar das mostras competitivas
- 11 de outubro: Realização do I Festival de Curtas-Metragens da UPE (exibição dos filmes selecionados + premiação)


Maiores informações:

Amanda Ramos - amandaramosss@
hotmail.com - (81) 9950-0166
Tiago Paraíba - tiagoparaiba_@hotmail.com


O regulamento e a ficha de inscrição também ficarão disponíveis no sites:

www.cineclubeazouganda.blogspot.com
www.dceupe.org

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Próxima Exibição: A Chinesa

31 de agosto, segunda-feira
Quadra da FFPNM/UPE, às 19h30
ENTRADA GRATUITA


O Cineclube AZouganda orgulhosamente apresenta:


A Chinesa - La Chinoise

Paris, Verão de 1967. Alguns tentavam aplicar os princípios que romperam com a burguesia da URSS e dos partidos comunistas ocidentais em nome de Mao Tse Tung. Imersos no pensamento de Mao e em literatura comunista, um grupo de estudantes franceses começa a questionar a sua posição no mundo e as possibilidades de o mudar, mesmo que isso signifique considerar o terrorismo como uma via possível.



Título Original: La Chinoise
Gênero: Drama
Duração: 96 min.
Direção: Jean-Luc Godard
Origem/Ano: França / 1967

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=SFaEY92jGHI



Cineclube AZouganda:

Orkut: http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=70383397
E-mail: cineclubeazouganda@yahoo.com.br
Blog: http://www.cineclubeazouganda.blogspot.com
Fotolog: http://www.fotolog.com/cine_azouganda
Grupo de Discussão: http://br.groups.yahoo.com/group/cineclube_azouganda/

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O curta-metragem no século XXI: digital X película

Por Joana Nin*

Há poucos anos atrás seria impensável um diretor de fotografia ganhar um prêmio importante por seu trabalho feito em vídeo concorrendo com outros filmes captados em película. Thaís Bologna, que divide com André Queiroz a direção do curta Ernesto no País do Futebol, fez questão de gritar no microfone “captado em vídeo!”, quando subiu ao palco para receber o Kikito de Melhor Fotografia, destinado ao colega de equipe André Luiz de Luiz. A 37ª edição do Festival de Cinema de Gramado aceitou curtas-metragens finalizados em 35mm ou HD, mas não fez restrição aos formatos de captação.

Ernesto no País do Futebol - Kikito de Melhor Fotografia (curta) no Festival de Gramado 2009

Ernesto no País do Futebol - Kikito de Melhor Fotografia (curta) no Festival de Gramado 2009

Aos poucos os festivais vão se adaptando e recriando suas opções, balizando-se pelo desenvolvimento tecnológico e pela inegável transformação do mercado. Na realidade há muito mais produções em vídeo disponíveis, sobretudo no universo do curta. E hoje em dia não dá mais para afirmar que um vídeo tem menos qualidade por ter sido captado ou finalizado dispensando o suporte mais tradicional do cinema, a película. Mesmo para olhos bem treinados, nem sempre o digital se denuncia numa projeção de boa qualidade. Muitas vezes “engana direitinho”. Faz sentido este debate?

O Festival de Brasília, o mais antigo e mais tradicional do país, acabou de abrir as inscrições para a edição 2009 e divulgou, como uma das principais novidades, a criação da mostra competitiva digital - ainda separada das películas e com exibição prevista para outra sala. São aceitos curtas com até 20 minutos captados em 8mm, 16mm ou vídeo digital e finalizados em Beta SP. A categoria substitui a antiga mostra em 16mm e vai distribuir R$ 65 mil em prêmios. Até o ano passado Brasília exibia os vídeos em mostras paralelas, não competitivas.

A maior parte dos festivais de destaque do país já exibe em pé de igualdade produções digitais e películas, ficando a diferenciação para o momento da seleção. Ainda pode fazer diferença ter o filme finalizado em 35mm porque o número de produções nesta bitola é muito menor do que o de vídeos, lembrando que estamos aqui falando sempre de curtas. Nas listas de selecionados ainda há uma certa predominância dos 35mm, principalmente se considerarmos o percentual de inscritos versus o percentual de selecionados em cada formato. Cabe às comissões de seleção e a coordenação destes eventos nos dizer o porquê.

Entre os maiores, Festival do Rio, Anima Mundi, É Tudo Verdade, Festival de Curtas de São Paulo e Festival de Gramado aceitam digital e película concorrentes entre si. Enquanto que Festival de Brasília, Guarnicê e CINE-PE separam as bitolas em mostras distintas. A Rain, empresa de projeção digital, já está presente em pelo menos nove festivais nacionais, incluindo o É Tudo Verdade e o Festival de Gramado, e cerca de 25 eventos internacionais realizados no Brasil e no exterior - inclusive Anima Mundi, Festival de Curtas de São Paulo e o Festival de Paulínia, entre outros.

A possibilidade de exibir digital com qualidade em tela de 35mm é uma das principais peças deste processo de transformação que estamos atravessando. Com a ampliação do número de salas adaptadas pela Rain - hoje no Brasil são 162 - vai ficar cada vez mais difícil segurar a avalanche tecnológica. Com o tempo, a palavra “cinema” vem ganhando uma conotação cada dia mais próxima do significado atribuído ao termo “audiovisual”, tudo é filme. Como estamos falando de curtas, não podemos esquecer que atualmente a janela mais óbvia é a internet, aonde proliferam canais especializados. Se pensarmos no fato de que são raros os curtas que chegam ao circuito comercial de exibição, ainda faz tanto sentido assim dar tanto valor ao 35mm?

Seria interessante ver o que aconteceria se os festivais parassem de aceitar curtas em 35mm - muito provavelmente a bitola seria extinta para filmes de curta duração. Não há outras salas dispostas a exibir estas películas senão as dos festivais - com exceção para alguns raros programas de difusão nos moldes do “Curta às 6″ - que hoje já poderiam ser pensados em digital também. Me pergunto se o fato de uma produção conseguir imprimir uma película no final do processo e a outra não as torna assim tão diferentes, do ponto de vista da capacidade de realização e qualidade artística. Isso porque a gigantesca maioria dos curtas são captados em formatos digitais, por razões óbvias.

Voltando a comentar Gramado, encontrei Pedro Freire, diretor do curta O Teu Sorriso, finalizado em HD e vencedor dos Kikitos de Melhor Atriz (Juliana Carneiro da Cunha) e Prêmio de Crítica. Ele me contou que acaba de ser selecionado para Veneza e que mandará fazer a adaptação do filme para o formato digital compatível com o sistema predominante na Europa. Até o ano passado o Festival de Veneza também não aceitava curtas em vídeo concorrendo entre os de 35mm, agora pode. A outra boa nova trazida pelo filme dele, também estrelado por Paulo José, é que uma distribuidora carioca resolveu inserir o curta na sessão junto com o longa Juventude, de Domingos de Oliveira. Entraram em cartaz juntos, com projeção digital.

O CTAv promoveu um debate sobre este assunto no Gramado Cine Vídeo, que acontece ao mesmo tempo do Festival de Gramado. O tema era “O curta-metragem no século XXI: digital X película”. Tive o prazer de conduzir esta conversa, que contou com a contribuição de realizadores, estudantes de cinema e um representante da Rain, Cacá de Carvalho. Um dos principais temas levantados foi a questão de algumas universidades que ainda exigem dos alunos um curta em 35mm para a formatura. Me perguntaram para que mercado estão produzindo e fiquei sem saber o que dizer. Ainda bem que fui pra lá com mais perguntas que respostas, até porque o melhor que se pode fazer agora é alimentar esta polêmica.

joana-nin_gramado1*Joana Nin é Assessora do CTAv e Editora do Portal. Jornalista e documentarista, dirigiu o curta-metragem Visita Íntima, é diretora assistente do longa documentário Hércules 56, de Silvio Da-Rin, foi editora do Fantástico e repórter do SBT e TV Globo em Curitiba. É professora na pós-graduação em Cinema Documentário da FGV e na Escola Superior Sul Americana de Cinema e TV do Paraná - CINETV-PR.


Fonte: http://www.ctav.gov.br/plano-geral/

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Próxima Reunião - Cineclube AZouganda - 23/08/09

Domingo (23/08/09) haverá reunião Ordinária do Cineclube AZouganda na casa de Nando às 14h.

P.S.: A reunião é aberta a todos. Traga sua ideia!


A casa de Nando fica no bairro do Cabanga. Maiores informações: 8705-3346 (Nando) ou 9950-0166 (Amanda)



Cineclube AZouganda:

Blog: http://www.cineclubeazouganda.blogspot.com
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=70383397
Fotolog: http://www.fotolog.com/cine_azouganda
Grupo de Discussão: http://br.groups.yahoo.com/group/cineclube_azouganda/
E-mail: cineclubeazouganda@yahoo.com.br

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

À Meia-Noite Levarei sua Alma

Por Pedro Moraes


À Meia-Noite Levarei sua Alma é o primeiro longa-metragem do cineasta brasileiro José Mojica Marins. O filme que é considerado o primeiro clássico de terror do cinema nacional, marca o surgimento de um personagem que se tornou folclórico no imaginário popular do cinema brasileiro, o Zé do Caixão. A película no formato preto e branco foi realizada em 1964 em plena ditadura militar e contesta de forma inteligente diversos dogmas culturais como a moral e a religiosidade.

A obra apresenta uma narrativa clássica, com a linearidade de inicio meio e fim bem definida. Os planos, iluminação e efeitos sonoros estão vinculados ao estilo do cinema dominante, encadeados de acordo com a necessidade de causa e efeito gerando impactos no espectador.

A aparência de Zé do Caixão surge com influências de diversos filmes clássicos do cinema, dentre outras, películas de duas fontes obrigatórias, o terror norte-americano e o expressionismo alemão. Podemos dizer que a estética se assemelha mais ao cinema de Hollywood, porém o personagem é mais semelhante ao eu expressionista.

Zé do Caixão possui as unhas semelhantes ao Nosferatu de Murnau (1922), e vestimentas típicas de Caligari e Cesare em O Gabinete do Dr. Caligari de Robert Wiene (1919). Visualmente, o personagem criado por Mojica também se assemelha a Béla Lugosi em Drácula (1931) e Chaney em London After Midnight (1927), ambos os filmes, de Tod Browning.



Apesar de não ser um filme inovador para a arte cinematográfica universal, À Meia-Noite Levarei sua Alma é algo diferente para o Brasil. Mojica traz para o país um mundo diegético diferente dos realizados por diretores brasileiros, pois no cinema nacional a esfera de terror nunca foi uma tradição cinematográfica. Por isso, Zé do Caixão ainda soa para os espectadores com um estranhamento, porém essa diferença atraiu uma grande bilheteria para o personagem, fazendo do Mojica um diretor de intensa produção nas décadas de 60, 70 e 80.

Os filmes de Mojica aparentemente ingênuos, analisado, por muitos como películas que apenas exibem um sangue barato, conseguiram por diversas vezes, burlar a censura de um país que vivia intensamente um período de ditadura militar, apresentando cenas de violência e nudez. Em plena repressão, À Meia-Noite Levarei sua Alma expõe um personagem anárquico, Zé do Caixão é um homem que não respeitava nada e menosprezava as autoridades da cidade e a instituições da sociedade como religião e família.

A película começa com um diálogo que vira rotineiro na obra de Mojica. O diretor usa um personagem do filme, neste caso uma cigana, para desafiar o espectador e contar um pouco sobre o que irá aparecer nas telas. Conversando com a câmera e utilizando frases de efeito do tipo: “vão embora, não assistam esse filme”, Mojica usa esta tática para criar um vínculo de verossimidade com quem esta assistindo o filme, fazendo da ferramenta um atalho para posteriormente na narrativa os fatos ficarem mais accessíveis ao sentimento do medo. Essas cenas são regadas a uma trilha sonora sombria e incrementadas com gritos e sussurros. Com poucas exceções, as imagens citadas são feitas pelo próprio diretor, que sempre aparece acompanhado por belas mulheres com vestimentas góticas ou semi-nuas.

Vale salientar que além do terror a obra no Mojica é marcada com fases de filmes de pornô-horror. E podemos encontrar diversas películas como Perversão e Inferno Carnal que além de tentar atrair o público para ver crimes, mortes e assassinatos, usa da morte ligado ao sexo para mexer com o fetichismo subconsciente do espectador, misturando elementos como sadismo, sexualidade e terror.

À Meia-Noite Levarei Sua Alma narra a vida do agente funerário de uma cidade pacata e conservadora chamado Zé do Caixão; um ser expressionista que tem suas emoções levadas ao extremo. O agente funerário é um ser odiado pelos moradores da cidade, que o considera uma figura demoníaca sendo uma aberração doentia e psicótica.

O personagem é obcecado pela idéia de propagar sua existência com um filho, esse ideal faz com que ele realize uma busca constante por uma companheira perfeita. Essa perfeição não é atrelada a sentimentos ou desejo de construir uma família, a busca é feita apenas com os critérios de não ter fé, ser bela e burlar de alguma forma o padrão de mente feminina da época.

Endereço deste artigo: http://pmoraes.wordpress.com/


Saiba Mais:

Zé do Caixão:
http://www2.uol.com.br/zedocaixao/index.htm
O Cinema de Horror:
http://www.mnemocine.com.br/oficina/horror.htm

domingo, 9 de agosto de 2009

Primeira Exibição do Semestre - Cineclube AZouganda

Primeira Exibição do Semestre:

17 de agosto, segunda-feira
Quadra da FFPNM, às 19h30
ENTRADA GRATUITA



O Cineclube AZouganda orgulhosamente apresenta:

À Meia-Noite Levarei Sua Alma

O cruel e sádico coveiro Zé do Caixão - temido e odiado pelos moradores de uma cidadezinha do interior - é obcecado em gerar o filho perfeito, que possa dar-lhe a continuidade de seu sangue. Sua esposa não pode engravidar e ele acredita que a namorada de seu amigo seja a mulher ideal que procura. Após ser violentada por Zé, a moça jura cometer suicídio para retornar dos mortos e levar a alma daquele que a desgraçou. A saga de Zé do Caixão continuou no filme "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver".


Gênero: Terror
Duração 81 min.
Direção: José Mojica Marins
Origem/Ano: Brasil / 1964

Trailer: http://www.youtube.

com/watch?v=nznbTrNetV0



Cineclube AZouganda:

Orkut: http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=70383397
E-mail: cineclubeazouganda@yahoo.com.br
Blog: http://www.cineclubeazouganda.blogspot.com
Fotolog: http://www.fotolog.com/cine_azouganda
Grupo de Discussão: http://br.groups.yahoo.com/group/cineclube_azouganda/