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A Máquina
Por Fabiane Secches
“A Máquina” é o filme de estréia de João Falcão, experiente dramaturgo com um respeitável currículo no teatro e na televisão. E Falcão, que não é bobo nem nada, começou logo com o pé direito e escolheu como tema de seu primeiro longa-metragem a adaptação da peça homônima, baseada em romance também homônimo (Editora Objetiva) de sua mulher, Adriana Falcão.
É um conto de fadas moderno, mas que conserva a peça chave: o amor como elemento transformador da realidade (exatamente como em outras histórias do gênero). Quando os sonhos desafiam as leis da física e da geografia, quando as condições políticas e sociais são cruéis, mas ainda assim não roubam a vida interior e nem os sentimentos genuínos, então ainda existe algo de belo a ser contado. E é neste contexto que está inserido a fábula “A Máquina”, que além de um bom roteiro, traz atuações primorosas.
O filme encanta, sobretudo pela linguagem multidisciplinar (própria de quem transita com segurança entre diversos meios de comunicação como João Falcão faz) belamente construída ao misturar mídias como o cinema, a televisão, o videoclipe e o teatro.
O contemporâneo filósofo francês André Comte-Sponville, ao questionar se o que fazia era Filosofia ou Literatura, escreveu: “deixo os rótulos aos que eles ainda interessarem”. Creio que este é o segredo de se fugir do lugar-comum – fugir da segregação e da catalogação. Pois então, para mim, João Falcão, ao trazer esta cultura “politeísta” para as telonas, só poderia mesmo ter entrado para o mundo do cinema com o pé direito. E inspirada pela rebeldia lingüística, diria até que com os dois pés direitos, afinal.
Endereço deste artigo: http://www.zetafilmes.com.br/criticas/amaquina.asp?pag=amaquina
Por Fabiane Secches
“A Máquina” é o filme de estréia de João Falcão, experiente dramaturgo com um respeitável currículo no teatro e na televisão. E Falcão, que não é bobo nem nada, começou logo com o pé direito e escolheu como tema de seu primeiro longa-metragem a adaptação da peça homônima, baseada em romance também homônimo (Editora Objetiva) de sua mulher, Adriana Falcão.
É um conto de fadas moderno, mas que conserva a peça chave: o amor como elemento transformador da realidade (exatamente como em outras histórias do gênero). Quando os sonhos desafiam as leis da física e da geografia, quando as condições políticas e sociais são cruéis, mas ainda assim não roubam a vida interior e nem os sentimentos genuínos, então ainda existe algo de belo a ser contado. E é neste contexto que está inserido a fábula “A Máquina”, que além de um bom roteiro, traz atuações primorosas.
O filme encanta, sobretudo pela linguagem multidisciplinar (própria de quem transita com segurança entre diversos meios de comunicação como João Falcão faz) belamente construída ao misturar mídias como o cinema, a televisão, o videoclipe e o teatro.
O contemporâneo filósofo francês André Comte-Sponville, ao questionar se o que fazia era Filosofia ou Literatura, escreveu: “deixo os rótulos aos que eles ainda interessarem”. Creio que este é o segredo de se fugir do lugar-comum – fugir da segregação e da catalogação. Pois então, para mim, João Falcão, ao trazer esta cultura “politeísta” para as telonas, só poderia mesmo ter entrado para o mundo do cinema com o pé direito. E inspirada pela rebeldia lingüística, diria até que com os dois pés direitos, afinal.
Endereço deste artigo: http://www.zetafilmes.com.br/criticas/amaquina.asp?pag=amaquina
Cinema Pernambucano:
http://www.fundaj.gov.br/noticia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=300&textCode=2499&date=currentDate
Entrevista com Adriana Falcão: http://www.pilulapop.com.br/ressonancia.php?id=40
http://www.fundaj.gov.br/noticia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=300&textCode=2499&date=currentDate
Entrevista com Adriana Falcão: http://www.pilulapop.com.br/ressonancia.php?id=40
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