sábado, 28 de fevereiro de 2009

Cine Mais Cultura quer levar o cinema às populações da periferia

O Brasil tem 2.190 salas de cinema, quantidade muito inferior ao número de municípios existentes (5.564) e só uma parcela da população, aquela que vive nos grandes centros urbanos das Regiões Sul e Sudeste é que tem acesso aos circuitos comerciais ou alternativos. Setenta por cento (1.542) ficam em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e Paraná.

Se há concentração de salas no nível nacional (só em 8% de todo o território) também existe uma distribuição desigual internamente, nos estados, e dentro das cidades, entre bairros. No Distrito Federal, por exemplo, a cidade-satélite mais populosa, Ceilândia (a 26 quilômetros de Brasília, com 350 mil habitantes), não dispõe de sala de cinema. O DF tem quase 90 salas no total.

Para levar o cinema a localidades onde não há projeções de filmes, o Ministério da Cultura abriu o edital do programa Cine Mais Cultura que pretende distribuir este ano kits para instalação de cineclubes em 100 localidades.

O Ministério não definiu metas de instalação por região, mas quer beneficiar os “lugares que não têm salas de exibição comercial e mesmo algum tipo de exibição gratuita”, disse Frederico Cardoso, coordenador executivo do programa. Podem concorrer aos kits entidades de direito privado sem fins lucrativos, localizados em cidades do interior ou na periferia de grandes centros urbanos.

Os kits contém tela para projeção de 4x3 metros, um projetor de vídeo, um aparelho leitor de DVD, uma mesa de som, quatro caixas de som, entre outros equipamentos. Além desses aparelhos, os cineclubes receberão um pacote de 103 DVDs com 330 filmes brasileiros em curta, média e longa-metragem, produzidos desde 1920 até o ano passado. A expectativa de Frederico Cardoso é que os cineclubes tenham, com os filmes distribuídos, uma programação de exibições semanais inéditas ao longo de dois anos.

Além dos 100 cineclubes previstos no edital, o Ministério da Cultura pretende abrir novos editais este ano e fazer parcerias com os estados e municípios. A meta é ter até 2010, 1.200 cineclubes. O prazo de inscrição vai até o dia 20 de abril.

Da Agência Brasil

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Próxima Exibição: Encantadora de Baleias, de Niki Caro

04 de março, quarta-feira
Quadra da FFPNM, às 19h30

Homenageando as mulheres neste mês de março, o Cineclube AZouganda orgulhosamente apresenta:

Encantadora de Baleias (Whale Rider)

Uma lenda da tribo Whangara, que vive no leste da Nova Zelândia, conta que há milhares de anos o ancestral Paikea foi salvo da morte quando sua canoa virou em cima de uma baleia e ele, cavalgando-a, liderou seu povo até a nova terra. Ficou estabelecido que o primeiro filho homem de cada chefe da tribo seria considerado descendente de Paikea e, assim, chefe e líder espiritual do povo. Pai, uma garota de 11 anos, é nomeada chefe após a morte do irmão. Corajosa, sensível e amada por todos, Pai é rejeitada pelo avô, Koro, que insiste em seguir a tradição. Ela luta contra a dominação masculina para provar a si mesmo e ao avô que tem qualidades para ser a líder.

Gênero: Drama
Duração: 101 min.
Direção: Niki Caro
Origem/Ano: Alemanha, Nova Zelândia / 2002

Trailer http://www.youtube.com/watch?v=x4U4nn66vQY

Cineclube AZouganda:

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Que filme você quer ver no AZ?

Indique aqui o filme que você quer ver no AZ. Basta clicar em "Postar um comentário" e escrever.

Não esqueça de justificar a sua sugestão.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Exibições Extras para Professores

ATENÇÃO PROFESSORES:

O CINELUBE AZOUGANDA TAMBÉM REALIZA SESSÕES PRÉ-AGENDADAS

Tendo como objetivo abrir espaço para a seleção de filmes mais específicos para cada curso, o Cineclube AZouganda abre espaço para exibições extras, ou seja, que não estão dentro do nosso calendário pré-definido.

Você pode agendar e trazer seus alunos.
Toda a programação é gratuita.

Aguardamos o seu contato.


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Grupo de Discussão: http://br.groups.yahoo.com/group/cineclube_azouganda/
Fones: (81) 9950-0166 (Amanda) ou (81) 8638-8205 (Artur)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Humano, demasiado humano

Por Aluísio Gomes Jr.*

Escolhas. Isso é o que nos faz seres humanos: tomamos decisões. Um cachorro não escolhe, apenas segue seus instintos ou comandos anteriormente ensinados. Stanley Kubrick gostava de colocar seus personagens em situações de estresse, onde raciocinar por conta própria fosse quase impossível. Seja treinamento de guerra (Nascido para Matar), nos confins do universo (2001 – Uma Odisséia no espaço) ou lutando contra as próprias perversões (Lolita).

Em Laranja Mecânica, Kubrick leva essa tendência da sua obra ao extremo. O personagem principal do filme, Alex, não quase perde a sua capacidade cognitiva, ele simplesmente não possui nenhuma em determinado momento da película. Antes da transformação de Alex em um cachorrinho de estimação, lá pela segunda metade do filme, nós somos apresentados ao mundo em que ele vive. Uma Londres futurista, com raríssimas oportunidades de empregos para os mais novos e pais que não se comunicam com os filhos. Alex é um adolescente comum dessa sociedade: ele gosta de Beethoven, beber com os amigos no Korova Milkbar e, claro, praticar a “boa e velha ultraviolência.” Essa última prática, levará Alex à prisão onde é submetido a um tratamento experimental (em algumas das cenas mais enervantes da história do cinema) que retirá o componente “agressivo” da sua personalidade.

A partir disso Kubrick constrói uma teia sobre a qual ele pode se divertir com discussões filosóficas sobre Behaviorismo, críticas a sistemas totalitários direitistas, intelectuais de esquerda e principalmente questões quanto à condição humana. O diretor consegue colocar toda essa discussão em um filme acidamente divertido. Não que Laranja Mecânica seja fácil, mas você não vai precisar pensar no significado de um monólito. Boa parte desse humor negro inerente ao filme se deve a atuação do ator principal, Malcom McDowell. Ele encarnou tão bem o personagem que nunca mais conseguiu outro papel decente (Ok, tem Calígula, mas esse não é exatamente decente).

É difícil dizer se Laranja Mecânica é o melhor filme da extensa carreira de Stanley Kubrick, mas é certamente o que apresenta mais elementos comuns ao diretor: futuro, violência, filosofia, sexo, música erudita. Kubrick morreu há dez anos e é difícil imaginar se um dia vai haver algum cineasta mais completo. Quantos diretores teriam a capacidade de trafegar tão facilmente entre ficção científica (o já citado 2001), humor (Dr. Fantástico), épico (Barry Lindon), romances shakesperianos (De Olhos Bem Fechados).

Apesar do personagem mais marcante da sua obra ser uma máquina (Hal 9000), Kubrick sempre apresentou nas telas os sentimentos humanos que nós tentamos colocar debaixo do tapete. O Cineclube AZouganda concorda com você, Stanley, por isso não varremos nada para debaixo do tapete, nós colocamos tudo na tela do cinema.

*Jornalista Pernambucano e Coordenador do Cineclube AZouganda


STANLEY KUBRICK: http://www.terra.com.br/cinema/favoritos/kubrick.htm
LARANJA MECÂNICA E BEHAVIORISMO: http://recantodasletras.uol.com.br/trabalhosacademicos/1407579
BEHAVIORISMO: http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/matos.htm

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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Primeira Exibição 2009: 17 de fevereiro

17 de fevereiro, terça-feira
Quadra da FFPNM, às 19h20

Como homenagem póstuma ao diretor americano Stanley Kubrick (10 anos de sua morte em março), o Cineclube AZouganda orgulhosamente apresenta:

Laranja Mecânica - (a Clockwork Orange)

Baseado no livro de Anthony Burgess, Laranja Mecânica conta a história de um jovem de 14 anos chamado Alex DeLarge, líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram apenas por diversão. Em uma dessas farras, Alex é preso e usado como cobaia num experimento para frear os impulsos destrutivos, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca. Será que Alex, definitivamente, estava curado?

Título Original: A Clockwork Orange
Gênero: Ficção Científica
Duração: 138 min.
Direção: Stanley Kubrick
Origem/Ano: Inglaterra / 1971.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=igwIR7rDPQc

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Design Gráfico: Felipe Amorim - http://www.felipecaroe.com

Texto para a Cartilha do Fera / 2009


Cineclube AZouganda: 4 anos de cinema e suor

Por Amanda Ramos

Em 2009, o Cineclube AZouganda comemora seu 4º ano de atividades ligadas à sétima arte na FFPNM, tendo sempre como objetivo incitar a formação e permanência de platéias fazendo com que jovens e adultos tenham a oportunidade de conhecer verdadeiros tesouros informativos.

Esta atividade cultural que funciona como elemento de desenvolvimento, educação e reflexão é mantida por uma Coordenação autônoma composta por estudantes/ex-estudantes onde qualquer pessoa pode participar das reuniões e indicar filmes.

As nossas exibições são quinzenais, em dias alternados e passamos filmes de diversos gêneros, diretores, nacionalidades, temáticas etc.

Como homenagem póstuma ao diretor americano Stanley Kubrick (10 anos de sua morte em março), a nossa primeira exibição deste ano será o clássico Laranja Mecânica, no dia 17 de fevereiro, às 19h30, na quadra da FFPNM.

Sendo assim, que esse informativo também sirva como convite para aqueles que são apaixonados pela sétima arte possam conhecer mais sobre o assunto, bem como participar de sua difusão como projeto sócio-cultural. Fique atento as nossas divulgações nos endereços eletrônicos que seguem abaixo, participe das nossas reuniões e traga suas ideias.


Filmes são feitos para serem vistos.

Nós somos o público.


Nosso Blog: http://www.cineclubeazouganda.blogspot.com

Orkut: Cineclube AZouganda

Telefone: 9950-0166 (Amanda Ramos) ou 9287-2733 (Amanda Giselly)